A invasão do site Ashley Madison, entenda

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Ashley Madison affair interside
Site de encontros, usado para trair, mais famoso da América tem milhões de informações privadas dos usuários roubadas por hackers. Os dados roubados podem incluir nomes e informações de cartão de crédito, fotos e registros de chat de sexo explícito.

Os hackers são contra o modelo de negócio moralmente duvidoso de Ashley Madison, e eles estão tentando chantagear o site para que seja desligado.

Ashley Madison é um site desprezível que ajuda as pessoas traírem seus cônjuges

Ashley Madison tem causado polêmica ao se posicionar como um site para pessoas que procuram trair seus cônjuges. Fundado em 2001, o site diz que tem 37 milhões de usuários ao redor do mundo. O slogan do site é “A vida é curta. Tenha um caso.”

O site apostou em sua notoriedade para atrair clientes. Em 2009, o site tentou comprar um anúncio de televisão durante o Super Bowl, mas a oferta foi rejeitada. Mas a própria rejeição teve destaque na imprensa, e o anúncio acabou tendo mais de um milhão de visualizações no YouTube. A empresa também procurou comprar os direitos do estádio Meadowlands, onde o New York Giants e Jets jogam, mas foi rejeitado.

O site tem enfrentado pelo menos uma acusação de que muitos dos perfis femininos no site são falsos.

A empresa por trás do site, Avid Vida Media, também possui vários outros sites, incluindo Established Men, um site que conecta mulheres jovens com “benfeitores bem-sucedidos e generosos para satisfazer as suas necessidades de estilo de vida.”

Hackers estão ameaçando publicar os dados de usuários, a menos que o site seja retirado do ar

Um grupo de hackers, que se autodenomina o Impact Team, invadiu o site, um porta-voz da empresa confirmou ao jornalista Brian Krebs na noite de domingo. Os hackers dizem ter obtido informações dos usuários do Ashley Madison e vários sites, menores, de namoro que são de propriedade da Avid Life Media.

“Avid Life Media tem sido instruídos a tornar Ashley Madison e Established Men off-line permanentemente em todas as formas”, escreveu o grupo de hackers em um comunicado divulgado no domingo. Se ALM não cumprir, “vamos liberar todos os registros de clientes, incluindo perfis com fantasias sexuais secretas de todos os clientes,  informações das transações com cartões de crédito, nomes reais e endereços, e documentos e e-mails dos empregados.”

Para mostrar que eles estão falando serio, os hackers divulgaram, informações selecionadas, dos sites.

Hackers afirmam que o serviço pago “full delete” não funciona como proteção – mas Avid Life discorda dessa informação

Além de cobrar aos clientes que usam o site, Ashley Madison também faz dinheiro cobrando dos usuários US $20 para excluir totalmente a suas informações no site.
Mas em uma declaração fornecida para Krebs, os hackers dizem que o full delete não funciona. “Os usuários quase sempre pagam com cartão de crédito, os detalhes de sua compra não são removidos como prometido, incluindo o nome real e endereço, que é, naturalmente, a informação mais importante dos usuários desejam remover” escreveu o grupo de hackers.

A Avid Life contesta esta acusação. “O processo envolve a remoção completa do perfil do usuário solicitante, incluindo a remoção de fotos postadas e todas as mensagens enviadas para caixas de e-mail de outros usuários do sistema”, a empresa disse ao Washington Post.

Se você tem uma conta no Ashley Madison, você deve se preocupar

Não sabemos ao certo a quantidade de dados que os hackers têm, nem sabemos o que eles vão fazer com essas informações. Eles afirmam que vão liberar os dados, a menos Ashley Madison desative o site – e isso não parece muito provável. Mas os hackers podem estar blefando, ou eles podem não ter tanta informação como dizem. Mas também é possível que eles vão seguir com sua ameaça, expondo milhões de pessoas casadas ao constrangimento público.

Avid Life está usando uma lei, chamada Digital Millennium Copyright Act, para que as informações divulgadas pelos hackers até agora sejam removidas da internet. No entanto, isso é pouco provável que seja mais do que uma medida paliativa, porque uma vez que os dados foram liberados para o público, torna-se quase impossível parar a sua propagação.

Não pense que os brasileiros estão a salvo. Por aqui são mais de três milhões de cadastrados, sendo o segundo país com mais membros, logo depois dos EUA.

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